História da Hipnose – Capítulo 1/7

Conhecer a História da Hipnose vai te ajudar a compreender melhor como tudo surgiu e te ajudar a ter um conhecimento diferenciado.

Acompanhe os 7 capítulos da História da Hipnose e surpreenda-se em como ela esteve tão presente na vida da humanidade.

Há milhares de anos o homem tem tentado explicar a influência da HIPNOSE sobre o processo MENTAL de projeção, criação e realização do futuro desejado.

Os gregos compreendem um dos povos mais antigos da humanidade e sempre buscavam explicar a existência de todas as coisas por meio da comparação divina. Para os gregos havia o “deus” da chuva, da guerra, do amor e por aí vai.

Segundo a Mitologia, Hypnos é um deus gentil e benevolente que às vezes assume a forma de um pássaro cantante, livra os mortais da dor e do sofrimento mental, com a ajuda de seus filhos e seu irmão Oniros (Sonho), ele pinta o sono deles com sonhos.

Ele é o mais amado das musas e sua esposa é Pasithea, uma mulher de caridade. Juntos, eles têm três filhos, Morfeu , Phobetor e Phantasus, que ocupam os sonhos dos homens. Morfeu aparece em forma humana em nossos sonhos, Phobetor como pássaros e animais, e Phantasus como todos os objetos animados de nossos sonhos.

A relação mais próxima que nossa sociedade tem com essa história é de que, um cientista alemão chamado Fredrich Sertüner em 1806 batizou uma substância química (alcaloide) de morphium ou morphin que traduzido ao português ficou conhecido como Morfina.

Um dos fenômenos naturais de todo ser humano é o sono e na Grécia o sono era o “efeito divino” sobre a restauração do bem-estar ao ser humano, afinal sempre que acordamos estamos mais dispostos a realizar as coisas.

Na antiga Grécia, em obras arqueológicas como vasos de cerâmica, aparecem figuras de médicos fazendo intervenções cirúrgicas, mostrando pessoas recebendo do alto poder (sono profundo) de Hipnos, enquanto sacerdotes (médicos da época) realizavam alguns procedimentos e ao despertar sentiam-se gozando de plena saúde e alegria. Antes desses “procedimentos cirúrgicos” as pessoas iam ao templo, ouviam sermões e se preparavam para receber de Hipnos o poder de aprofundar-se em um sono restaurador, a fim de promover os efeitos desejados.

Hipnose e a Medicina na História

Nessa época, cerca de 600 a.C, uma peste de doenças tomavam conta de toda região da Grécia e os enfermos se dirigiam aos templos da saúde. Esses templos eram edificados em lugares considerados saudáveis e de paisagem agradável. Estavam sempre rodeados por um bosque sagrado, no qual não se podia matar nem nascer. Geralmente, dentro desse bosque, existia uma fonte de água natural, um templo dedicado a Artemis e a outras divindades associadas à cura. Dentro do próprio templo, existiam geralmente serpentes vivas – símbolo de Asclepios – hoje símbolo da Medicina.

As pessoas se dirigiam ao templo Asclepios em busca de curas milagrosas. Os enfermos deveriam passar a noite dormindo no templo – e isso era chamado de “incubação”. Era um ato pelo qual se provocava a aparição no sonho da própria divindade, para se obter uma revelação ou a cura.

Em alguns casos, o doente tinha visões que indicavam a natureza da doença e o que fazer para sua cura (cura do latim quer dizer “equilíbrio”, “saúde”) . Em outros casos, durante o sonho, o próprio deus (Hypnos) o curava, instantaneamente quando os sacerdotes, homens de túnicas brancas (“médicos”) do templo falavam sugestões próximo ao ouvido do enfermo. O sons das serpentes do tempo criavam um som repetitivo (loop hipnótico) e gerava foco e atenção (estado de hipnose).

Há várias interpretações possíveis sobre o que ocorria no templo de Asclepios. Em parte, pode ter ocorrido que as pessoas se curassem de problemas psicossomáticos por simples sugestão. Pode também ter ocorrido que os próprios sacerdotes e encarregados do templo se disfarçassem, à noite, e dessem remédios e fizessem operações cirúrgicas, fazendo-se passar por “deus”. A parte mais importante do processo talvez fosse posterior aos sonhos: os encarregados do templo talvez fizessem prescrições médicas úteis. De qualquer forma, pode-se dizer que os templos de Asclepios eram muito populares e procurados por muita gente.

Esse tipo de “medicina religiosa” historicamente tornou o processo de cura algo “sagrado”, ou seja, foi o início da “sacralização da doença”.

No Egito, os doentes tinham o costume de dormir nos templos de Isis e de Serapis, e esperar que essas divindades lhes revelassem, durante o sono, os remédios que lhes eram necessários.

Durante o “sono”, que nada mais era do que o estado de hipnose, o enfermo tinha uma experiência sensorial de um “deus”, que estabelecia uma crença sobre determinada planta (que nada mais era que um placebo) e a cura era estabelecida logo que a pessoa tomava, afinal de contas foi a “dividade” que sugestionou (imagina a força desse placebo).

Existem estudos de situações bem semelhantes em diversos povos com vasta documentação do uso da Hipnose em templos da China, Índia e Pérsia. Como os estados Hipnóticos sempre foram considerados seriamente sob o aspecto teológico, e

consequentemente religiosos, poucas pessoas se interessaram em submeterem a Hipnose como alternativa devido o medo de impactar em seus valores pessoais no que tange a religião.

Devido o avanço da ciência, recursos tecnológicos, em especial aos estudos da neurologia, é possível compreender mais claramente o que Hipócrates dizia:

“O homem deve saber que nenhum outro lugar, mas apenas do encéfalo (cérebro), vem a alegria, o prazer, o riso e a diversão, o pesar e o luto, o desalento e a lamentação. E por meio dele de maneira especial, nós adquirimos sabedoria e conhecimento, enxergamos e ouvimos, sabemos o que é justo e injusto, o que é bom e o que é ruim, o que é doce e o que é insípido… E pelo mesmo órgão nos tornamos loucos e delirantes, e medos e terrores nos assombram… Todas essas coisas temos de suportar quando o encéfalo não está sadio… Nesse sentido, opino que é o encéfalo quem exerce o maior poder no homem”.

Hipócrates – Da Doença Sagrada (Século IV a. C)

Hipócrates foi um homem Grego, mais conhecido como “pai da medicina”, sempre combateu firmemente a “sacralização” (tornar sagrado, divino) do processo de cura. E revela que é na mente que está a fonte do problema e a própria solução.

É necessário que o ser humano compreenda que a religião provê circunstâncias para um benefício espiritual e da mente ao corpo, porém isto se confunde muito em toda humanidade.

Para te ajudar nessa saga da História da Hipnose e entender a qual é a relação da Hipnose com as religiões, leia agora o Capítulo 2 – Hipnose e Religiões clique aqui

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Daniel Galvão

Hipnoterapeuta Neural

Hipnólogo e Hipnotista

Analista Comportamental

Practitioner PNL

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Instituto Sempre Avante de Desenvolvimento Humano apoia o estudo científico da hipnose buscando o equilíbrio humano por meio da NMG – Nova Medicina Germânica e outras ciências comportamentais.

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